A Polícia Civil de Ponta Grossa indiciou um caminhoneiro de 41 anos pelo homicídio qualificado dos irmãos Gilberto Vasconcelos, 53, e Josiel Vasconcelos, 40, ocorrido na última sexta-feira (25). Em comunicado enviado ao Diário dos Campos, o delegado Luiz Gustavo Timossi, deu mais detalhes sobre o crime, cometido no pátio de uma empresa no Distrito Industrial.
De acordo com as investigações, o crime aconteceu por volta das 6h, enquanto as vítimas realizavam manobras para entregar cargas no pátio de uma empresa. Em razão de um caminhão estacionado no local, foi necessário obstruir parcialmente a pista contrária, situação considerada comum naquela área.
Bloqueio da agem dos caminhões
Durante a operação de descarga, o suspeito bloqueou deliberadamente a agem dos caminhões conduzidos pelas vítimas, aparentemente com o intuito de gerar confusão. Ao ser solicitado que recuasse seu veículo para permitir a agem, ele se recusou.
Na tentativa de solucionar o ime, Gilberto desceu de seu caminhão e pediu ao motorista do veículo estacionado que avançasse alguns metros. Nesse momento, foi ofendido e xingado pelo suspeito. Em seguida, ao se aproximar do caminhão do agressor, Gilberto foi atacado: o homem desceu do veículo portando um facão e uma faca, golpeando a vítima na região abdominal e causando ferimentos em suas mãos.
Irmão foi ajudar o outro
Josiel, ao perceber a agressão contra o irmão, correu para ajudá-lo. Tentou imobilizar o agressor, mas acabou sendo atingido por diversos golpes de faca, sendo que uma das armas ficou cravada em seu corpo. Mesmo gravemente ferido, Josiel ainda conseguiu caminhar alguns metros antes de cair e morrer no local.
Após o crime, o autor recolheu a faca e foi visto conversando tranquilamente com outros caminhoneiros, afirmando ter agido em legítima defesa e atribuindo a culpa do ocorrido à empresa responsável pela carga.
Homicídio triplamente qualificado
Timossi indiciou o suspeito por homicídio qualificado, considerando motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. A pena prevista pode chegar a até 30 anos de prisão.
A polícia destacou que as vítimas não possuíam antecedentes criminais ou registros de envolvimento em confusões. Segundo o delegado, a alegação de legítima defesa não se sustenta diante das provas reunidas, já que foi o próprio agressor quem iniciou deliberadamente o conflito.
Caminhoneiro segue preso
As investigações seguem em andamento e devem ser concluídas nos próximos dias. O suspeito, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, permanece detido na Cadeia Pública de Ponta Grossa.
Os irmãos moravam na Lapa.