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Vídeo: biólogo tiktoker vive noite de ‘aracnofobia’ em Curitiba

Foto: Montagem reprodução Instagram e foto de Venilton Kuchler/Arquivo SESA

O biólogo Christian Raboch Lempek já está acostumado a lidar com a fauna de diferentes lugares do mundo. Porém, até ele se preocupa com a temida aranha-marrom. Nesta semana, ele compartilhou em suas redes sociais um vídeo, filmado em quarto de uma residência em Curitiba (PR), que pareceu trecho do clássico filme “Aracnofobia”.

Christian Lempek em Curitiba

Ele diz ter alugado o quarto para pernoite. Mas encontrou uma aranha-marrom sobre o lençol, outra dentro de uma gaveta, outras duas sob o colchão… Contou sete, no total. “Eu só queria dormir e descansar, porque amanhã tem curso…”, disse com asecto de cansado. Ao final, o biólogo, que também é youtuber e tiktoker, optou por dormir dentro do próprio carro.

Lempek é natural de Jaraguá do Sul e usa suas redes sociais para compartilhar com seus seguidores as experiências que tem com os animais silvestres. A aranha-marrom não costuma estar nessa lista.

Coleta de aranhas no Paraná

Se ele fosse um profissional do Centro de Produção e Pesquisa de imunibiológicos (PI), de Piraquara (PR), já saberia o que fazer. Os agentes são responsáveis por coletar aranhas para a extração de veneno e produção de soro antiloxoscélico. Em março, eles entregaram 2.500 aranhas para que o PI colocasse junto com outras 10 mil mantidas no espaço para a produção do componente. O soro é fundamental para atendimento a pessoas vítimas da picada do aracnídeo.

As aranhas são capturadas no Paraná, nas regiões do Centro-Sul e Norte Pioneiro, e em Santa Catarina. Habitualmente, a cada três semanas, uma remessa de cerca de 2,5 mil aranhas chega ao aracnidário. Assim que desembarcam no PI, é feita uma segunda triagem da espécie. Somente as Loxosceles spp (nome científico da aranha-marrom) são selecionadas. Na sequência, elas são hidratadas com algodão embebido em água e ficam durante 48 horas em quarentena.

Em 2024, as extrações renderam 3.769 miligramas de veneno bruto liofilizado (produto que ou por um processo no qual é congelado e, em seguida, a água é completamente removida, preservando a estrutura das proteínas que compõem o veneno). Após esse processo, o veneno é armazenado em um freezer.

Atualmente, o PI apenas extrai o veneno das aranhas-marrons, imuniza o plantel de equinos para a produção do soro e produz o plasma hiperimune, faltando a etapa de processamento industrial e envase no frasco-ampola. (Com informações da AEN)

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