Os arqueólogos revelaram um anel de ouro de 2.300 anos com uma pedra de granada vermelha polida na Cidade de Davi, em Jerusalém, marcando o segundo do gênero a ser encontrado no local em 2025, relata a revista Archaeology News.
A revista destaca que o novo achado foi descoberto nas fundações de um grande edifício antigo que se acredita ter sido construído no final do século III ou início do século II a.C.
Segundo o artigo, também foram revelados uma impressionante coleção de joias, incluindo brincos de bronze, uma conta de ouro decorada e um brinco de ouro com uma imagem de um animal com chifres, todos encontrados na mesma camada estratigráfica, o que sugere uma deposição deliberada e culturalmente significativa.
“Essa é a primeira vez que encontramos em Jerusalém um conjunto tão grande de joias de ouro desse período. Essa riqueza exibida é muito rara em qualquer camada arqueológica e atesta a riqueza de Jerusalém e o alto padrão de vida dos moradores da cidade durante esse período“, ressalta Efrat Bocher, um dos gerentes da escavação.
Portanto, continua a revista, uma teoria que está ganhando força entre os pesquisadores é de que as joias podem ter sido colocadas sob os pisos do edifício como parte de uma tradição simbólica.
Uma hipótese atual é de que as joias foram enterradas intencionalmente como parte de um conhecido costume do período helenístico, no qual as mulheres prometidas colocavam joias e outros objetos de infância nas fundações das casas para simbolizar a transição da infância para a vida adulta.
Além disso, é destacado que o uso de ouro e pedras preciosas ricamente coloridas em joias reflete a influência das tendências da moda oriental, possibilitada pela expansão das redes de comércio após as conquistas de Alexandre, o Grande.
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“A descoberta dos anéis de ouro da época do Segundo Templo na Cidade de Davi é uma evidência tangível da riqueza, beleza e importância de Jerusalém, mesmo há milhares de anos”, finaliza Eli Escusido, diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel.
