Comidas típicas dos Campos Gerais, como o pão no bafo de Palmeira e as tortas de Carambeí, estão entre os itens paranaenses em processo de solicitação da Indicação Geográfica (IG) — selo concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) que reconhece a originalidade e a ligação direta de um produto com o território onde é produzido.
Essas delícias regionais integram uma lista de 13 produtos do Paraná que aguardam a aprovação da IG, certificação que reforça a identidade cultural e o potencial econômico das regiões de origem. No caso dos Campos Gerais, os produtos carregam histórias, técnicas e sabores que refletem o modo de vida local e têm potencial para alavancar o turismo gastronômico e a geração de renda.
Atualmente, o Paraná é o segundo estado brasileiro com a maior quantidade de IGs, contabilizando 16 indicações. São elas: cracóvia de Prudentópolis; mel de Ortigueira; queijos coloniais de Witmarsum; cachaça e aguardente de Morretes; melado de Capanema; cafés especiais do Norte Pioneiro; morango do Norte Pioneiro; vinhos de Bituruna; goiaba de Carlópolis; mel do Oeste do Paraná; barreado do Litoral do Paraná; bala de banana de Antonina; erva-mate São Matheus; camomila de Mandirituba; uvas finas de Marialva e broas de centeio de Curitiba.
Para Kaio Trevizan, gerente do Senac PR, os produtos paranaenses são uma referência que deve ser compartilhada, pois a qualidade reconhecida tem potencial para alcançar o setor gastronômico em nível nacional.
“Sempre que nós participamos de eventos em outros estados, costumamos levar produtos locais e, com isso, apresentar o melhor da nossa gastronomia para chefs e cozinheiros de todo o Brasil. Temos um compromisso de compartilhar essa riqueza que o Paraná possui”, aponta Trevizan.
Embora o evento “Café com as Indicações Geográficas”, realizado em abril em Curitiba, tenha reunido representantes do setor para debater o tema e apresentar os avanços, o trabalho em prol das IGs no Paraná é contínuo. A região dos Campos Gerais, em especial, tem se destacado por unir tradição e inovação em produtos que preservam as raízes locais e buscam novos mercados.
A Indicação Geográfica, ao reconhecer oficialmente a relação entre um produto e sua origem, agrega valor, diferencia os itens no mercado e protege os saberes regionais.