Lílian Gomes -CRP 08/17889
Tomamos conhecimento de que nas escolas o uso do celular, está proibido. Tenho recebido a preocupação de pais e alunos que não sabem como fazer sem esse uso. Como será o recreio? E nos intervalos, o quê fazer?
Especialistas ressaltam que “as famílias deverão gerenciar o tempo e o comportamento dos filhos longe das telas.”
Esse é um grande desafio, pois sabemos que se estabelece uma grande dependência dos dispositivos entre crianças e adolescentes e essa situação pode trazer consequências psíquicas, comportamentais e de saúde mental.
Famílias também terão que entrar nesse processo, cuidando, orientando, educando, pois nada adianta a escola tirar 04 a 05 horas o telefone do aluno, se em casa não existe o controle.
“A família precisa iniciar o processo, com a definição de horários e para isso, o diálogo é indispensável para que as crianças e adolescentes saibam acerca dos impactos negativos do uso excessivo desses aparelhos.”
Temos que ter esses aparelhos ao nosso favor, como facilitador da aprendizagem, instrumento de pesquisa e rápida comunicação sem prejuízo dos estudos, do brincar, do relacionamento e da interação.
E tanto a família como a escola devem ser criativas no sentido de oportunizar atividades que não demandem o uso de aparelhos eletrônicos.
“Propiciar a redução desse vício é favorecer novas ações, estimular a criatividade, descobrir novas capacidades e colocá-las em prática.”
Em terapia, muitas vezes questiono pais acerca de quanto do seu tempo é dedicado ao diálogo, à roda de conversa, ao sentar no chão e até há quanto tempo a família não faz um pic-nic! Será que isso ainda existe? E, não precisa nem sair de casa, pois muitos podem alegar que o mundo está muito “perigoso”! Basta trazer as crianças até para ajudar a fazer o sanduíche, preparar o suco, colocar a toalha no chão e deixar a imaginação correr!